24/08/2023 16h11

Dispositivo que facilita na descoberta de problemas cardíacos tem financiamento da Fapes

O “POF Wave”, além de indicar os riscos de doenças cardiovasculares, permite que o paciente faça o próprio exame. 

Um dispositivo de baixo custo, criado em uma impressora 3D, que auxilia na detecção de problemas cardíacos e agiliza exames clínicos, foi desenvolvido por pesquisadores do Laboratório de Telecomunicações (LabTel), da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), coordenado por Weliton Marques, mestrando em Engenharia Elétrica. Para o desenvolvimento do dispositivo, o laboratório contou com o financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Espírito Santo (Fapes).  

Nomeado de “POF Wave”, o dispositivo tem por objetivo mensurar a velocidade do pulso da onda cardíaca de uma forma simples. A tecnologia é capaz de detectar a onda do pulso cardíaco, a velocidade do pulso e os batimentos cardíacos do paciente, o que possibilita a avaliação dos riscos de doenças cardiovasculares. 

O “POF Wave” funciona a partir da medição da pressão em dois pontos distintos do paciente, sendo possível obter o atraso no batimento que evidencia a presença de uma rigidez arterial, indicando o risco de acidente vascular cerebral (AVC) ou infarto. 

O dispositivo tem um sensor composto por fibras ópticas poliméricas, que assegura imunidade contra as interferências eletromagnéticas e maior velocidade na operação do sistema, o que permite conferir a pulsação do paciente durante o exame de ressonância magnética. Tendo toda a mecânica feita em uma impressora 3D, o dispositivo é considerado de baixo custo e apresenta características que permitem que qualquer pessoa faça seu próprio exame.

Os primeiros testes ocorreram com uma simulação de batimentos cardíacos e pulso arterial, e o dispositivo obteve dados em diferentes distâncias, velocidade e valores de pressão. O “POF Wave” tem apoio do Governo do Estado, por meio da Fapes e da Secretaria da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional (Secti), por ter sido desenvolvido no Centro de Pesquisa, Inovação e Desenvolvimento (CPID), localizado em Cariacica.

“A produção científica, por meio de iniciativas de pesquisa e inovação em universidades e demais instituições, é fundamental para o crescimento e desenvolvimento do Estado, pois incentiva o desenvolvimento de soluções tecnológicas que possam melhorar o atendimento, o diagnóstico e o tratamento de doenças. O ‘POF Wave’ é um exemplo de como o investimento em inovação pelo setor público pode trazer benefícios tanto para profissionais quanto para a população como um todo”, salientou o secretário da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional, Bruno Lamas.

“Estamos contentes com o resultado desta união, que tem como entusiasta o governador Renato Casagrande, que não mede esforços para garantir os recursos para que a ciência avance em nosso Estado”, complementou Lamas.  

Para Weliton Marques, coordenador do estudo que desenvolveu o dispositivo, a importância da Fapes no projeto se dá na facilidade e agilidade para o desenvolvimento da tecnologia. “Utilizando a estrutura dos laboratórios e com os recursos disponíveis é possível elevar o grau de maturidade do projeto”, afirmou.

O diretor-presidente da Fapes, Denio Arantes, falou da alegria em acompanhar os resultados das pesquisas apoiadas financeiramente pela Fundação. “É extremamente satisfatório saber que os recursos públicos administrados pela Fapes têm retorno que impacta diretamente na vida do cidadão. A pesquisa científica, tecnológica e de inovação é isso. São projetos que, a médio e longo prazo, vão gerar resultados positivos e vão desenvolver ainda mais o nosso Estado”, declarou o Denio Arantes. 

O primeiro protótipo do “POF Wave”, com todas as funcionalidades, será finalizado no início de 2024 e a expectativa é de que a comercialização do dispositivo aconteça em 2025.

Texto: Rafaela Aguiar

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